Na fábrica da São Geraldo as vassouras são produzidas em escala industrial, com tecnologia que lhes confere eficiência e durabilidade. Mas até chegar à sua forma atual a vassoura que conhecemos hoje fez uma longa jornada.
Relatos históricos dão conta de que há 2 mil anos o homem já tinha o hábito de juntar galhos de árvore e vegetação para varrer. E até pouco antes do século 19, a maioria das vassouras eram feitas de forma improvisada em casa, com qualquer material que estivesse à mão.
A estratégia de amarrar pedaços de palha ou de galhos a uma vara de madeira, porém, dava origem a vassouras cuja vida útil era muito curta. Foi em 1797 que um agricultor americano, chamado Levi Dickenson, teve a ideia fazer vassouras com fibras de sorgo, que lembravam a planta do milho e eram, até então, usadas somente para alimentar animais.
A vassoura de sorgo, um amontoado redondo de fibras, amarrado a uma vara com um pouco de tecelagem na parte superior, mostrou-se mais resistente e logo ganhou mercado. Dickenson e sua família passaram a produzir peças para várias regiões dos Estados Unidos. Em pouco tempo outros fazendeiros passaram a cultivar sorgo e a desenvolver máquinas para atuarem na fabricação de vassouras.
Em 1820, os Shakers, uma comunidade cristã reverenciada por seu artesanato, criou a forma plana das vassouras que conhecemos hoje. Em vez de enrolar o sorgo em montinhos, eles descobriram que a fixação das fibras com arame, achatando-as com um torno, resultava em uma peça superior. O novo formato foi copiado e até hoje é o padrão das vassouras que conhecemos.
Em 1830 os Estados Unidos já eram o maior produtor mundial de vassouras, exportando peças para várias partes do mundo, como o Canadá, Europa e África do Sul. A indústria da vassoura floresceu criando novas ideias e dando novas formas às vassouras nos Estados Unidos e no México.
Ainda hoje, a vassoura é indispensável em qualquer local, desde residências particulares, escolas, garagens, até lojas e restaurantes.